FAZ TEMPO (um título assaz apropriado)

Faz tempo que ando com uma sensação medonhamente horrível que já ouvi as canções mais importantes da minha vida. Então vou tentar registrá-las aqui agora para, depois, quando eu tiver outras importantíssimas canções para incluir na listagem, eu diga pra mim mesmo: bá, como você estava sendo idiota!

Bem, não vou gastar meu tempo (& ânimo de blogar!) tentando definir ordenação para uma lista aberta, então lá vai:

& Alguma do álbum Suspense da Lizzy Mercier Descloux, talvez Once upon a time out;

& Três Apitos, do Tom Jobim;

& Fez bobagem, da Nara;

& Quatro Paredes, do Sérgio Sampaio;

& OU Rosa Vertov OU Herpes Simplex do álbum Press Color, também da Lizzy, quando eu decidir esse binômio, suicídio já tem trilha sonora;

& Aquela do Jump do Duke Ellington que tem uma parecida na trilha sonora do Mogli da Disney;

& Jesse do Ivri Lider, clipe aqui;

& Luzes da ribalta, que é uma musiquinha que a (hoje hippie pra rico) Bethânia canta com letra em português feita em cima duma canção do Chaplin, na qual tenho voltado e revoltado em pensamentos de uns anos para cá;

&&&&&&&blé!

Não que eu ache que eu não vá mais me interessar por música, não é isso, embora eu sinta que eu esteja ouvindo cada vez menos constantemente, mas digo canções, começo-meio-fim-letra&aspectos musicais num bloco.

O vídeo do Ivri me livre de ter que procurar algo para ilustrar este post, ufa. Como sempre, tem um link aleatório pruma comunidade do orkut nesta merda de texto também.

TOP 5 BEST ALBUNS EVER HEARD

Como tô com um top 5 best albuns ever heard na cabeça faz tempo, vou ao menos publicá-los aqui e ir produzindo lentamente uma mini-resenha subjetiva-incompetente para cada um deles.

*

Em ordem descrecente, óbvio, suspense é tudo:

5) SOLID AIR - JOHN MARTYN

Lembro como se fosse hoje que estava eu lá tranquilamente ouvindo a trilha sonora da primeira temporada de Skins, quando pensei "legal essa cópia de Jack Johnson, vou atrás". Era a faixa do Martyn, esse escocês louco na ativa desde os anos 60 que hoje está velho e que sempre foi gordo, mas que me dá uma crença medonha em tudo aquilo que eu não consigo fazer: a simplicidade.

4) PERFECTO - DANI UMPI

É claro que ele está aqui só porque eu gay e claro que eu o conheço só proque me interesso por cultura homossexual, mas nesta bosta de texto as palavras "best" e "world" ainda não co-ocorreram em uma sentença. Pois bem, o Dani é talvez o único fenômeno antropológico que realmente me move a pensar, ele deve ser o único uruguaio que conhece a canção "Bola de Fogo" e é uma figura que nem a Espanha com suas drags foi capaz de conceber tal a singularidade dessa criatura num ambiente que parece tão avesso quanto o seu país.

Seus modelos de transexualidade, de perversão de lógicas primárias sobre definição de sexualidade são todos chupados do Brasil, apesar da tradição em língua espanhola nisso, e me angustia que as novelas dos oito da Globo há anos esquartegem um único esteriótipo de homossexual numa seqüência de personagens polêmicos cuja trajetória é decidada pelo quanto eles são acatados pela audiência (e isso inclui inclusive as atrizes!). E pra isso, dá-lhe humor latino da pior cartegoria e lésbicas sutis.

A questão é: tudo isso não se reflete nas músicas... elas são só divertidas, totally just wanna have fun, carnaval. Desmontar, perverter e entender uma letra do UDR é muito mais útil na construção de um auto-discurso homossexual do que ir na do Dani, pelo menos deste álbum.

O problema é: a identificação. Me é impossível ouvir certas faixas e não virar seus eu-líricos (lyrics have thoses things?) automaticamente! Eu penso nas mesmas coisas e sinto as mesmas coisas toda santa vez que ouço Hoy no voy a salir! É viciante e bem-feito, acho as músicas musicalmente boas, com efeitos que não a tornam óbvias, com artifícios boas para que p ouvinte não durma durante as enumerações.

O Dani me faz pensar e o álbum me agrada, é isso.

3) HOBOSAPIENS - JOHN CALE

Eu fazia 18 anos, ainda tava engulindo a USP e tentando colá-la esquizofrenicamente no que eu havia vivido até ali, entrei no Carrefour de Diadema com 30 reais na mão e me dirigi à gôndola de promoção de cds, onde comprei um álbum do Jay Vaquer, o 1º dos The Vines e este HoboSapines do Cale, importado, só (eu já reconhecia o nome Magritte?) porque gostei da contracapa branca com um cara andando.

Ouvi por meses só Look Horizon, pirando com o fato de no encarte estar escrito there e ele falar here na canção. Não sei qual era meu nível de inglês na época, só sei que aqueles barulhos de navios que eram substituídos por uma voz rouca falando de uma mãe que apesar de tudo me amava numa esteira de navios, ou algo do gênero, e que estava na cozinha, louca e, isso eu era capaz de entender: in over her head...

Pronto, era o álbum mais importante da minha vida, até hoje ouvi ele inteiro poucas vezes de uma vez só e tive que ouvir muito indie e alternativo pra ouvir Read my mind inteira e cantarolar junto.

Além disso, esse álbum é arrogante pra caralho.... mas funciona! Acho que é essa a esperança que tenho nele, não sei.

2) NARA- NARA LEÃO

NARAAMAMAMMRMASNAANARANARANARANARANARANARANAATANANANARANARANARANARANARNARANBATANAANAANARANARANRANARABARANARN ARANARANARANARANARANAANARANARABNARANARTANARTANATANATAAANARANARABNRABAANATANATANATANATANARANRANANANANARANRANAR.

1) PRESS COLOR - LIZZY MERCIER DESCLOUX

SUSPENSE!

acho q não vai rolar...

Rasharana I

Fui à Cultura este domingo. Fiz meu cadastro. Pedi a cotação da encomenda. Passei meu bizarro email. Se tudo der certo; vocês terão em breve, ou nem tanto, uma resenha de algo tão mas tão esperado que fica lindo...

Hella - Hold Your Horse Is (2002)

Considerando o meu gosto musical quando sem letra que odeia jazz, gostou de uma do Bela Bartók hoje e parece estar sepultado em algum lugar de 1890 , devo ter realmente gostado de Hella, pois ele foge totalmente desse paradigma: tô ouvindo o "Hold Your Horse Is" de 2002.

Trata-se de um guitarrista e um baterista fazendo barulho. E só, embora com uns barulhinhos que parecem sintetizados (como a faixa de abertura, The D. Elkan).

O que deve ter me atraído até eles foi
1º) o nome, eu vivo sendo enganado por nomes que parecem pertencer a uma categoria imaginária minha chamada "Feminismo Inteligente/Divertido". Outro desses casos foi a banda Man Man, que é quase o oposto disso, "machista divertido", categoria real e produtiva, vide Velhas Virgens, algumas do UDR...

2º) o visual criativo divertido, que me levou até outras bandas, por ex., Geggy Tah, cujos dois primeiros álbuns têm a buldog terrier do vocalista nas capas.
Não sei explicar tal visual, é pretencioso, mas sempre com senso de humor e nonsense, vide a cara dos sujeitos e a capa de outro álbum no fim desta bosta de texto.

É difícil ouvir o curto álbum "Hold..." inteiro, fica meio enfadonho. Se o título da instrumental "Jeg Elsker Dig" (Eu te amo) de Edvart Grieg feita em 1864 me faz virar um sentimental em 3 segundos (tempo de ler o título) e me ajuda a fechar as hormonias em blocos, nomes criativos das faixas do Hella como Biblical Violence e 1-800-Ghost-Dance só me fazem esquecer o álbum no winamp e aproveitar as distorções em paz, quando não atrapalham: "Cafeteria Bananas" torna-se a pior faixa por seu título espanholado + seus barulhinhos de voz e riffs repetidos animalizantes.

Bons nomes (de banda, faixa, álbum) que não refletem em som são uma das coisas mais irritantes da atualidade. Me diga como bandas chamadas como Modest Mouse, Dangerous Muse, Gay Against You podem ser ruins? Mas são.
Os nomes das faixas desse do Hella ao menos me ajudam a criar um clima que coincide com o som da banda.

A melhor faixa é a dançante Brown Metal: crua, meio heavy metal, dançante, guitarra se repetindo e um idiota socando uma bateria. Detalhe pro fading da música, que me parece um sample (irônico) de Basement Jaxx...

Bem, chega, até!


yeeeah!


There's no 666 in Outer Space (2007)


ps.: Do que conheço do Man Man, o integrante sósia do Salsicha do Scooby Doo e a faixa Poor Jackie merecem uma conferida!

eu queria que o endereço fosse bath.blogspot !